Valbom… A Cidade
Breve Historial da Cidade de Valbom
O Brasão – Origem Etimológica – O Padroeiro – As Festas da Cidade – Convenção de Gramido
A Vila de Valbom não revela, adentro das suas fronteiras terrestres, quaisquer vestígios arqueológicos susceptíveis de determinar a sua fundação. Mas, olhando aos objectives achados em povoações contíguas, designadamente, nós castrejas em Rio Tinto e em Melres, ” coup de poinges “, no Esteiro de Campanhã, etc., é possível fixar as suas origens no 1° período do Paleolítico, ou seja, na Idade da Pedra Lascada.
Mais documentada é a época da dominação romana, através de moedas achadas no Monte Crasto, em Gondomar, das minas de ouro e de prata ainda visíveis no Concelho de Gondomar e, sobretudo, pelo étimo do topónimo VALLISBONA, que, de forma irregular deu VALBOM.
Há razões para crer que foi povoada em data anterior à da Nacionalidade Portuguesa.
O Vale bom é de inspiração romana e corresponde à zona de Chêlo, em que a vista se espraia por mais vasta, de campos verdes e produtivos, a contrastar com as agrinhas marginais do Ribeiro de Gramido, oriundo das fraldas do Monte Crasto, passa por Santo André, Gandra, S. Miguel, Lourido, S. Cosme, Várzea e desagua em Gramido, Valbom, as suas magras águas.
Foi Vila durante a dominação romana, e figura como tal, a par de outras Vilas, hoje suas componentes, nas Inquisições de 1258; “Hic incipit ville que vocatur vallis bonus, et parrachia norum ecclesie sancti vincenti (Vireximi) eiusdem loci “.
Já era paróquia no ano de 1122.
A sua igreja ficou a pertencer, após várias doações dos seus padroeiros particulares, à Igreja do Porto, que o bispo D. Geraldo anexou ao cabido portucalense, em 1307, e assim se conservou durante séculos.
Por isso, era o Cabido da Sé do Porto quem representava o abade da Igreja de Valbom.
É da tradição que teve como primeira Igreja matriz a.Capela de S. Roque, existente no lugar com este nome.
Pertenceu sempre ao Concelho de Gondomar, mas viu a sua área reduzida por força do Decreto de 13 de Janeiro de 1898. Desde então, o lugar e Rua de Campanhã de Baixo, e os lugares de S. Pedro, Fatum, Meiral, Granja, Outeiro do Tine e Campos, foram desanexados a esta freguesia, e ficaram fazendo parte da de Campanhã, que já desde 1896, pertencia ao Bairro Oriental da Cidade do Porto.
Tem por orago São Veríssimo, natural de Lisboa que, com suas irmãs Maxima e Júlia, foram martirizadas pelo imperador Diocleciano.
Orograficamente, a povoação é um planalto que, ao longo de cinco quilómetros, com início no Rio Torto, em Campanhã, se estende pela calçada de Fonte Pedrinha e Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa, até Gondomarinho, e daqui até às fraldas do Monte Crasto.
A terra é fertilíssima e outrora muito aproveitada, banhada a sul pelo Rio Douro que, em curvas sinuosas, segue a Estrada Marginal, desde Gramido até Ribeira d’ Abade, limite ocidental da Vila.
Os seus habitantespovoam os seguintes lugares ( por ordem alfabética ), Archeira, Arroteia, Barreiros, Camboas, Cova da Má, Culmieira, Fonte Pedrinha, Gramido, Lagoa, Rossamonte, São Roque, Valbom de Baixo, Vila Verde e Vinha. Actualmente, predomina a indústria de Marcenaria, mantendo-se ainda, a de ourivesaria.
Tem agências bancárias, creches, jardins de infância, infantários, dois estabelecimentos, um de ensino preparatório outro ensino secundário, sendo 26 as salas de ensino primário.Agora com a denominação de Agrupamento Vertical Marques Leitão.
O espírito associativo é intenso, ascendendo a 20 o número de colectividades, á frente das quais a escola Dramática e Musical Valboense e um corpo de Bombeiros. Tem uma esquadra da Polícia de Segurança Pública.
Pela lei nº 28/86, de 23 de Agosto, aprovada em 3 de Julho do mesmo ano, foi elevada à categoria de Vila, a freguesia de S. Veríssimo de Valbom. In “Roteiro 2001” A mais recente cidade do concelho, conta com uma excelente posição estratégica na área Metropolitana do Porto, que dita o seu desenvolvimento urbano, social e económico. Paredes meias com a cidade do Porto e de braço dado com o Rio Douro, a cidade de Valbom conta hoje com cercade 14 129 habitantes (Censos 2001) e inúmeras potencialidades oferecidas pelos rápidos acessos ao Porto e pelo magnífico Douro que encanta todos os valboenses.
O rio e a marginal (EN 108) constituem um manancial primoroso para o advento da prática turística, com lembranças de outros tempos em que os valboeiros, ainda no Rio, faziam a pesca ao famoso sável e lampreia, típicos do nosso concelho. É igualmente de realçar o incentivo à prática de desportos náuticos, muito evidenciado pela Clube Naval Infante D. Henrique, com prática de remo e canoagem.
Do ponto de vista histórico e artístico são marcos a Casa Branca, (Img.1) onde foi assinada a Convenção de Gramido em 1847. |
Escola Dramática Valboense, com mais de 100 anos de existência, constituindo um espaço renovado para o desenvolvimento de actividades culturais e artísticas. |
De referência nacional é também o Lugar do Desenho, na Fundação Júlio Resende, (Img.3) que traz a Valbom milhares de visitantes todos os anos. Este é, por excelência, Lugar de Cultura na cidade de Valbom e no concelho de Gondomar. |